terça-feira, 1 de julho de 2008

Mugabe, o assassino.

Mugabe, o assassino,

É, cada vez mais, chocante a imagem que transmitem para o mundo os dirigentes africanos que se declaram incapazes da tomada de medidas, mesmo de uma tomada de posição, sobre os crimes do Sr. Mugabe.
Disse-o já, e reafirmo-o, que muito provavelmente por muitos deles terem igualmente “telhados de vidro”.
Reunidos em Charme el-Cheik no Egipto para uma reunião da União fricana (EU) não só acolheram no seu seio este assassino, como foram incapazes de o condenar, excepção feita a Reila Odinga do Quénia que levantou a voz contra Mugabe e contra a sua participação na cimeira.
Já, por outro lado, Omar Bongo, do Gabão, também ele um ditador, menos sanguinário, é certo, levanta a voz em defesa do ditador assassino.
Elogia-o e proclama o seu direito a participar, de pleno direito, nos conclaves da organização dado que o recém reempossado chefe de estado teria sido eleito, empossado e prestado juramento.
Os compadres protegem-se e os restantes calam e consentem mesmo que a lama, fedendo a sangue e a cadáver em decomposição, lhes chegue já ao pesco.
A ONU vai propor mais um pacote de sanções contra o país, sanções essas que, em última análise, vão prejudicar todos menos o pretenso alvo, o assassino Mugabe, cujo estilo de vida não mudará uma vírgula.
A eficácia das sanções é igualmente discutível.
Na verdade, o Zimbabué, estando encravado entre países africanos, alguns dos quais com fronteiras marítimas, fácil será, especialmente nesse continente, o contrabando de tudo o que se queira, bastando a vontade e o dinheiro, para ultrapassar qualquer sanção.
E assim segue a “política real” ou a incapacidade chocantemente real de o mundo ser capaz sequer de, a uma voz, se proclamar contra estes sanguinários ditadores.
Saudações a todos(as)

A Nau Catrineta

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