quarta-feira, 2 de julho de 2008

O Ministro e as Pescas

Diz o Professor Marcelo rebelo de Sousa que Sua Exa. o Sr. Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, é incompetente.

Na sua opinião, será mesmo, o ministro mais incompetente do mundo.

Retruca Sexa. que o professor é um político “rasteirinho” (dito por outras palavras mais redondinhas) e que é o director e intérprete de um programa de entretenimento, do tipo do que produziam os Gatos Fedorentos.

Não sei se é o mais incompetente do mundo ou não.

Isso, realmente, não sei.

Que me parece incompetente isso sim, parece-me.

Ou é incompetente ou está a querer fazer de mim mais parvo do que já sou.

Pode até ser isso.
Todos os nossos políticos, a começar por Sexa. o Sr. Primeiro-Ministro o fazem, que pode ser isso também.

Na realidade quando tão excelsa personagem vem à Televisão afirmar, durante a paralisação dos pescadores, com ar simultaneamente convicto e pasmado/indignado que os pescadores têm de se modernizar até porque alguns até usam motores a gasolina, demonstra que não conhece o sector.

Também nunca percebi bem este ministério que mistura carapaus com cebolas, mas enfim, o Sr. Ministro, cada vez mais ajudante do Sr. 1º Ministro, deverá, também ele, ter outros ajudantes que percebam uns de carapaus e outros de cebolas, porque tanta erudição numa só cabeça seria pedir demais, digo eu, que manifestamente não sei o que digo.

Há barcos de pesca com motores a gasolina sim!

E vai continuar a haver até que este governo os não liquide de vez.

São os botes, com nomes diversos consoante a área do País, geralmente com cerca de 6 metros, de madeira ou, mais modernamente, de fibra de vidro, com uma companha de um só ou no máximo de duas pessoas, que se fazem ao mar, todos os dias em que este o permite, para arrancar dele principalmente muito do chamado peixe grosso que aparece nas lotas e que é pescado ao anzol.

Usam motores a gasolina sim!

E irão continuar a usar porque precisam de motores que possam ser colocados na popa e dela retirados por um só homem e que sejam rápidos para lhes permitir fugir dos muitos perigos em que a navegação costeira é pródiga.

Não existem no mercado, que eu conheça, motores fora de borda a gasóleo, que cumpram estes dois requisitos: serem manejáveis por um só homem e rápidos.

Existiram uns, há uns anos, de origem italiana, mas não vingaram, pelo menos por cá.

Eram demasiado pesados, demasiado lentos e caros.

Mas Sexa. o Sr. Ministro não conhece, parece, este tipo de embarcações e esta classe de pescadores sacrificados e esforçados.

Para ele a solução dos problemas da pesca passam somente pela modernização da frota e pelo se aumento de rentabilidade.

Coisa difícil de conseguir e de compatibilizar, porque o aumento de rentabilidade implica mais capturas por homem, e a tendência é justamente a de reduzir o esforço de pesca.
Por outro lado essa política é igualmente tedente a liquidar o pequeno pescador, porque abatendo pequenas e médias embarcações, quanto mais abater, mais quota ficará livre para os armadores de maior envergadura.
A lei da selva.
Abatem-se os mais fracos para alimentar os outros.

Há motores a gasolina SIM e o Sr. Ministro parece que só agora deu conta disso.

Saudações a todos (as)
A Nau Catrineta


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