Sinto, como há muitos, muitos anos não sentia, que os meus direitos, liberdades e garantias, estão a ser postos, cada vez mais em causa.
Este sentimento agravou-se desde que este governo entrou em funções.
É o caso do professor afastado e perseguido por um suposto delito de opinião e expressão.
São as incursões das forças de segurança em sindicatos e escolas tentando controlar manifestações e manifestante.
São as espantosas afirmações de que ninguém ordenou tais acções, deixando na mente do cidadão comum a ideia de que cada elemento das forças de segurança pode fazer o que lhe der na cabeça, em dado momento, trabalhando em “roda livre”.
São os inquéritos urgentes prometidos e de cujos resultados nunca tomo conhecimento.
É o caso de um Blogue já mandado encerrar, mesmo que neste caso se esteja a dar cumprimento a uma ordem judicial que, como tudo na vida, é passível de merecer concordância ou discordância.
Deste meu descontentamento dei conta em mensagens dirigidas a Sua Exa. o Sr. Presidente da República tal como ao Sr. Primeiro-Ministro, Ministro da Justiça, Grupos Parlamentares, etc.
É uma situação difusa de medo e insegurança que me traz à memória vivências de outras eras onde conversar em público nos levava a olhar em roda, tentando adivinhar a presença de “bufos” ou agentes da Pide.
Posso estar a ficar paranóico. Posso. Mas a verdade é que a sensação está instalada.
Agora, depois de ver agentes policiais, que se dedicam a confiscar armas por um lado e por outro as vendem em redes de contrabando, temos agentes da Judiciária a fazerem um “perninha” de espiões privados, utilizando o tempo e meios oficiais para se dedicarem, completamente ao arrepio da Lei que deveriam cumprir e fazer cumprir, à perseguição de cidadãos a soldo de quem lhes pagar.
Casos isolados? Talvez.
Mas a sua existência não é menos preocupante.
Saudações a todos(as)
A Nau Catrineta
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