terça-feira, 23 de setembro de 2008

O Crude sobe, o dólar baixa.

As petrolíferas clamam que o aumento, imediato, do preço dos refinados é culpa do aumento do crude e, de imediato, sobem os preços de venda ao público.

O Crude baixa, baixa, o dólar sobe.

Às petrolíferas já não convêm a anterior desculpa e inventam outra, a de que se regem, não pelo preço do crude, ou não só por esse factor primário de custo de produção, mas também pelos preços internacionais dos “refinados”.

Sendo bem certo que existem preços de bolsa, que mudam a cada instante, não só para o crude e refinados, como para todas as matérias-primas, incluindo metais e produtos não metálicos, o que se não entendem são as explicações ou falta delas das petrolíferas que, em conjunto com os países produtores, se colocam na posição de “senhores do mundo” que infelizmente são, pela falta de coragem dos governos em enfrentá-las.

Como se vê, nem a taxa Robin dos Bosques, que, de resto ainda nem sequer entrou em vigor, nem o apelo do inenarrável ministro da economia, surtem qualquer efeito junto destas majestáticas companhias, chagando-se ao cúmulo de, na noite em que o ministro faz esse apelo, uma delas ter subido os preços numa demonstração clara do seu desprezo pelo governo.

Se não podemos ainda, infelizmente, e em grande parte por culpa não só dos governos de todo o mundo, mas também por culpa, grande, da indústria automóvel, dispensar o motor de explosão, podem, devem, exige-se, que os governos tomem medidas efectivas para controlar a ganância desmedida destas companhias, sem medos.

Os mercados, todos eles, em maior ou menor grau, são tão apetitosos que elas não se vão embora, mesmo sendo “apertadas” pelos governos.

Mas também aqui, os governos, constituídos por políticos carreiristas e por partidos, receiam a perda dos contributos para as suas hostes e tem medo de as afrontar, ainda que só um pouco…

Não sei se o Zé está farto e cansado, se já não aguente mais, EU ESTOU.

Saudações a todo(a)
Nau Catrineta

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