quarta-feira, 1 de outubro de 2008

ERC (entidade reguladora p/a comunicção social)

Todos os dias tenho motivos para indignação, revolta e pasmo provocados por entorses à lei, abusos de poder e autismo das diversas entidades públicas, sejam elas governo, empresas públicas, reguladores ou outras.

Desta vez é a ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social) que está, mais uma vez em causa quando a propósito do relatório da investigação sobre as pressões de Sexa., o Primeiro-ministro, José Sócrates, terá directamente e por intermédio de assessores seus, exercido sobre vários órgãos da comunicação social, para travar, suspender, alterar, notícias sobre a sua fantástica licenciatura como engenheiro.

Esta entidade, de que nunca percebi a necessidade e/ou utilidade, outra que arranjar lugares para uns quantos, demorou nove meses a disponibilizar ao Expresso, uma cópia do relatório de mais de 300 páginas, pelo preço de € 169,22, depois de a CAD, (Comissão de Acesso aos Dados Administrativos, outra entidade que nem sabia que existia), ter ordenado a sua divulgação.

Esse mesmo
relatório acabou por ser divulgado no sítio dessa entidade não se compreendendo como se cobrou por ele dinheiro a um media.

Não é a importância em si que está em causa mas o princípio.

A arrogância desta gente, segura da sua impunidade quando desrespeitam a lei, é uma coisa chocante e espantosa que contribui para o descrédito com que o cidadão olha para a administração e seu aparelho.

Nem os depoimentos de vários e conceituados jornalistas, confirmando a existência dessas pressões, e mesmo do tom violento de algumas delas, a ERC acabou por arquivar o relatório, confirmando a sua submissão e temor ao poder em exercício.

Para mim fica provado a inutilidade desta entidade.

O mui ilustre Primeiro-ministro prometeu extinguir inúmeras fundações e entidades que tinham, muitas delas, funções sobrepostas ou cuja missão se tinha extinto e que continuavam a ser um sorvedouro de público dinheiro.

Esta inútil entidade mantêm-se em exercício e compreende-se, agora mais que nunca, porquê, serve ao governo como bandeira de uma proclamada isenção, isenção que não passa de uma risível proclamação.

E o Zé continua a pagar.

Saudações a todos
Nau Catrineta

Fonte: respigos da imprensa e jornal Expresso

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